Se você é um fã de pipoca de carteirinha, provavelmente também é um cinéfilo sem cura, ou estou errado? Independente de seu grau de dependência das telonas, uma coisa é unânime: cinema é bom e todo mundo gosta. Cinema com pipoca então é completamente irresistível!
Antes de falar qual seria o melhor cinema do Brasi, vamos fazer uma volta no tempo e descobrir como tudo começou, afinal de contas estamos falando de uma indústria que movimenta mais dinheiro e milho de pipoca do que você consegue contar.
Para você ter uma ideia, em 2014 foi divulgada pela Motion Picture Association na América Latina uma pesquisa que aponta os grandes números do cinema:
Todo ano, a indústria cinematográfica brasileira, acrescenta mais de R$ 19 bilhões na economia brasileira, chegando ao faturamento bruto anual de R$ 42,8 bilhões.
E ainda, em 2016, um ano em que a crise econômica assolou o país como há muito tempo não fazia, o número de bilhetes vendidos no país subiu de 173 para 176 milhões em 2016.
Isso mesmo… No caminho inverso à crise.
Mas, a que se deve tanto sucesso e conversão? É o que vamos falar no artigo de hoje.
Primeiro cinema do Brasil
O Primeiro cinema do Brasil nasceu na cidade maravilhosa quando lá pelo ano de 1896 ocorreu a primeira exibição de cinema no país.
A inspiração veio – obviamente – de Paris, de onde vinha praticamente todas as tendências científicas, arquitetônicas e culturais da época.
Assim, poucos meses depois da criação dos irmãos Lumière, o Brasil já experimentava o conforto das cadeiras de cinema e a expectativa de assistir a uma obra cinematográfica em terras tupiniquins.
No entanto, a história do cinema estava apenas começando.
Como, na época, a eletricidade ainda não era um recurso amplamente distribuído como atualmente, as salas de cinema só tiveram um crescimento exponencial após a inauguração da hidrelétrica de Ribeirão de Lages, em 1907.
Dali para cá, o cinema foi se tornando algo comum na vida dos brasileiros. As produções nacionais foram aos poucos ganhando vida, começando em 1908 com o primeiro filme de ficção brasileiro, produzido por Antonio Leal.
A Segunda Guerra Mundial também foi um hiatus importante na história do cinema (e também para a história da pipoca), já que durante esse período o envio e fornecimento de matéria-prima foi interrompido.
Porém, após superar todas as adversidades e experimentar uma ótima aceitação por parte do público, a Academia Brasileira de Cinema foi criada, já em 2002, marcando o início de uma nova era do cinema.
Agora, o cinema nacional quer destaque entre as produções internacionais e investe recursos em formação de atores, produtores, técnicos e outros profissionais do ramo de audiovisual. Pronto! Estava delineada a receita de sucesso do cinema brasileiro.
Mas você sabe quais são os ingredientes desta receita? Confira abaixo:
O que faz uma sala de cinema a ser boa ou ruim?
O cinema cresceu. As pessoas aceitaram de bom grado a proposta e começaram a abarrotar salas por todo o Brasil.
Existem aqueles que só querem assistir um bom filme, sem se deter nos aspectos que fazem um cinema passar de bom para espetacular.
Que tipo de cinéfilo você é?
Vamos elencar alguns aspectos que podem ser determinantes na hora de apreciar seu filme preferido no cinema.
1. Som de qualidade da sala
Nada é mais frustrante no cinema do que uma acústica ruim.
Além de comprometer o entendimento do filme, ainda tira grande parte da emoção, levando o espectador a aproveitar apenas uma porcentagem da produção.
Retornos bem distribuídos e um som inteligente aguça os sentidos e enchem os olhos (e ouvidos!) de qualquer cinéfilo.
2. Organização e bilheteria
Houve um tempo em que não se comprava um lugar em determinada sessão. O importante era chegar cedo e escolher o melhor lugar para assistir ao filme.
Contudo, com as salas cada vez mais lotadas e grandes demandas para grandes filmes, o esquema mudou.
No entanto, muitos cinemas não contam com o esquema de comprar bilhetes para poltronas específicas, escolhidas previamente.
O resultado disso é uma grande desorganização e o risco de não conseguir assistir o filme (ou pelo menos, não sentado!)
Um cinema que vende os lugares marcados previamente e conta com um sistema de fácil identificação das poltronas (que, geralmente são uma intersecção de letras e números) auxiliam na organização e evita transtornos.
3. Combos e promoções
Quem nunca comprou um balde de pipoca num super combo apenas por se tratar de seu filme favorito, atire a primeira pedra.
Além da qualidade de som e imagem e organização, nada deixa um cinema melhor do que boas opções de pipoca e guloseimas.
Afinal, um momento tão especial merece um lanche à altura, não é mesmo? Pipocas com preços bons também podem ser um atrativo importante no cinema.
Promoções criativas e acessíveis também são um grande diferencial, que podem transformar um cinema comum no seu cinema preferido.
Qual o melhor cinema, na sua opinião?
Durante o mês de fevereiro de 2016, o Guia do jornal Folha de São Paulo, visitou 55 cinemas da capital paulista e avaliou as salas em 6 critérios: qualidade de projeção, medidas de segurança, acessibilidade e limpeza.
O Guia visitou a maior e a menor sala de cada complexo e cada avaliador respondeu 27 perguntas, dentro dos seguintes critérios:
Imagem
. Condição física da tela
. Foco e enquadramento
. Contraste e definição
. Estabilidade da imagem e dos letreiros
Som
. Falhas sonoras
. Ruídos externos
Acessibilidade
. Banheiros para cadeirantes
. Sinalização dos assentos reservados a deficientes
. Rampas de acesso
. Presença e firmeza de corrimão
. Piso tátil
Atendimento
. Cordialidade
. Treinamento
. Pontualidade
Conforto
. Poltronas
. Espaço entre as fileiras
. Distância entre a primeira fileira e a tela
. Temperatura da sala
Segurança
. Saídas de emergência
. Extintores e hidrantes
. Sinalização luminosa nas saídas de emergência
Os vencedores foram:
Melhor cinema
Cidade Jardim Cinemark e Cidade São Paulo Cinemark (veja a avaliação)
Melhor cinema VIP
Cidade Jardim Cinemark (veja a avaliação)
Melhor cineclube
CineSesc (veja a avaliação)
Melhor programação
Espaço Itaú de Cinema – Pompeia
Melhor bonbonnière
Cinesala
Sala mais confortável
Espaço Itaú de Cinema – Pompeia (sala 10)
Coisa de cinema: confira algumas curiosidades da sétima arte
Mas a história dos cinemas sempre encantou e despertou a curiosidade de muita gente. Por exemplo, você sabe qual é o maior e o menor cinema do mundo? Ou ainda, qual o país/cidade que mais produz filmes por ano? Esteja pronto para se surpreender com as curiosidades a seguir.
Sangue no tapete
Você gosta de filmes sangrentos? Eles têm lá a sua legião de fãs. Mas, teve um que bateu todos os recordes.
A Morte do Demônio (2013) realmente demandou muito sangue falso. Foram utilizados 200.000 galões de sangue falso durante o filme, dos quais 50.000 foram utilizados em uma única cena!
Quanto mais, melhor!
Quantos lugares têm os cinemas de sua cidade? 200? 500?
Saiba que isso não se compara aos 6.214 lugares que tinha o Roxy, localizado em Nova York e fechado em 1960.
Em contrapartida, em Cuba, está o menor cinema do mundo. O Miramar possui modestos 25 lugares.
Mais caro que tesouro de pirata
As produções cinematográficas podem movimentar quantidades absurdas de dinheiro.
Sabemos também que a modernidade tem expandido os horizontes e traz à publico filmes cada vez mais baratos e alternativos.
Esse, porém, não é o caso de Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas. A produção custou nada mais nada menos do que US$ 378,5 milhões.
É, um tesouro bem caro mesmo…
Hollywood, que nada!
Comumente relacionada como a cidade das estrelas de cinema, Hollywood está longe de ser a maior produtora de filmes do mundo.
Acredite se quiser, a Nigéria levou o Oscar de maior produtora de filmes do mundo, com uma incrível média de 1200 filmes por ano!
Gostou das curiosidades? Sente-se confortavelmente em sua poltrona que ainda temos conteúdo de cinéfilo para você.
Os principais cinemas do Brasil
Cinemark
Cinemark é uma das três maiores redes de cinema do mundo. É uma empresa transnacional especializada em operar complexos cinematográficos multiplex e sua sede brasileira fica na cidade de São Paulo.
Seu parque exibidor é o maior do Brasil, presente em 45 cidades de dezoito unidades da federação de todas as regiões do país, sendo composto por 83 complexos, totalizando 619 salas de cinema, média de 7,46 salas por complexo. Suas 134 756 poltronas perfazem uma média de 217,70 assentos por sala.
Grupo Severiano Ribeiro / Kinoplex
O Grupo Severiano Ribeiro, que atua também sob a marca Kinoplex, é uma empresa brasileira, que atua no ramo de exibição cinematográfica, com sede na cidade do Rio de Janeiro.
Está presente em 19 cidades de 11 Unidades da federação de quase todas as regiões do país, à exceção da Região Sul. Seu parque exibidor é composto, no total, por 44 complexos e 266 salas, média de 6,05 salas por complexo, sendo que, destes, nove complexos e 62 salas pertencem à joint venture UCI/Kinoplex, formada com a UCI Cinemas, média de 6,9 salas; 35 complexos e 204 salas são exclusivas da empresa, média de 5,83 salas de cinema por complexo.
Cinesystem
A Cinesystem é uma rede brasileira de cinemas sediada na cidade de Maringá, estado do Paraná, atualmente presente em dezoito cidades de dez estados de quase todas as regiões brasileiras (exceção da Região Centro-Oeste). Seu parque exibidor é formado por 26 complexos e 156 salas, média de 6 salas por complexo, sendo que todos dispõem de equipamentos 3D da Dolby Digital Cinema. Suas 30.411 poltronas perfazem uma média de 195 assentos por sala.
No primeiro trimestre de 2015, alcançou a posição da 5ª maior rede exibidora brasileira por número de salas, segundo relatório da ANCINE. De acordo com a Revista Exame, em abril de 2016 a empresa já era a quarta maior rede exibidora do país em número de salas (atrás apenas de Cinemark, Cinépolis e Severiano Ribeiro)
Cineart
A Cineart, também conhecida como Cineart Multiplex, é uma rede brasileira cinemas e distribuidora de filmes, sediada na cidade de Belo Horizonte, que atua exclusivamente no Estado de Minas Gerais.
Seu parque exibidor é formado atualmente por doze complexos e 69 salas, média de 5,7 salas, sendo que suas 13 436 poltronas perfazem uma média de 194,72 assentos por sala.
E qual é o Futuro do Cinema?
Já é realidade em alguns cinemas pelo Brasil salas VIP e salas em 4DX que conta com efeitos sensoriais e cadeiras em movimento. Tudo para levar a emoção à flor da pele.
Fala-se muito que o cinema do futuro deve evoluir para que os efeitos especiais não sejam apenas “embutidos” na pós-produção do filme, mas que precisa-se descobrir um meio de realizar diversos elementos no próprio estúdio e só então digitalizá-los.
Isso não é uma produção de ficção científica ou futurista, mas para os mais sonhadores, vale a reflexão: quais as projeções para o cinema no futuro?
Com as demandas cinematográficas cada vez mais sofisticadas e o público tornando-se mais exigente a cada dia, o cinema como conhecemos precisará passar por algumas transformações para deixar os espectadores do futuro satisfeitos.
Não basta a imagem limpíssima e óculos em 3D. Salas climatizadas e com baixa luz não serão o suficiente.
Então… Como viria a ser o cinema do futuro?
Talvez essa lista pode te dar uma ideia do que podemos esperar por ai…
Bem futurista a imagem, não?
Imaginemos uma tela no telo superior, como uma extensão da tela tradicional. Consegue imaginar olhar para o teto e ver diversas naves espaciais voando em sua direção?
Isso daria um toque de realidade que surpreenderia até os cinéfilos mais atentos e exigentes.
Cadeiras em movimento, mudança de temperatura, esguicho de água e odores característicos durante o filme…
Só temos que esperar a tela superior ser inventada e curtir uma sessão de completa imersão. Estamos MUITO ansiosos para que tudo isso chegue aos cinemas o mais rápido possível!
E você? Deixe suas teorias nos comentários!